Apenas Um Olhar - Harlan Coben

Ano: 2019

Páginas: 432

Editora: TAG Experiências Literárias

Sinopse: Quando Grace Lawson vai buscar um filme que mandou revelar, ela encontra, no meio das fotos de família, uma que não pertence ao rolo. É uma imagem de no mínimo vinte anos atrás, e, entre as cinco pessoas retratadas, está um homem que parece muito Jack, seu marido. Jack nega que seja ele, mas desaparece no dia seguinte, levando a fotografia. Agora, para salvar a família de um assassino violento e silencioso que não vai parar enquanto não conseguir a foto, Grace precisa confrontar as partes sombrias do próprio passado trágico.

Um dia estava em casa bem de boa, quando recebo uma mensagem da minha tia "Ma, adivinha de quem é o livro da TAG esse mês!!!!". Eu muito lenta, respondi que não sabia. Então recebi a mensagem: é do Harlan <3<3<3<3<3. Bom, nem preciso falar que nessa casa apoiamos Harlan Coben, né? hahahaha

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Grace Lawson vive uma vida comum e feliz. Tem dois filhos, uma carreira sólida e um marido, Jack, que ama sua família. Ela é uma mãe atenciosa e, apesar dos anos juntos, ainda sente o coração se aquecer quando vê o jeito que Jack trata os filhos. Resumindo, ela tem a vida perfeita, a vida que ela sempre sonhou para si.

"Um fio solto é puxado. Uma costura cede. A mudança é lenta a princípio, quase imperceptível.

Para Grace Lawson, os contratempos começaram numa Photomat."

Porém, tudo muda quando Grace encontra uma foto estranha no meio de outras que ela mandou revelar. Entre tantas de sua família, essa se sobressai. É uma foto antiga e que mostra cinco jovens: dois homens e três mulheres. Um deles parece uma versão mais nova de seu marido e uma das garotas tem um enorme X no rosto.

Essa foto vai mudar sua vida completamente. Após perguntar ao seu marido sobre a foto, ele desaparece sem maiores explicações, problemas de seu passado são desenterrados e mistérios da vida de Jack também ameaçam sua vida e de sua família. Ligando o seu modo protetora, Grace não vai parar de investigar até encontrar as respostas que precisa.

Ai, gente. Harlan Coben, né? Eu sei que isso mostra que eu sou um pouco imparcial quando estamos falando desse autor, mas prometo que pensei muito no que colocar nessa resenha. Aliás, a minha primeira nota tinha sido 5 estrelas, porque eu tava muito no ritmo da leitura e pensando U A U, mas depois de refletir, vi que não era totalmente justa.

Esse livro é um de trama independente do autor e que foi escolhido como a publicação da vez do projeto TAG Experiências Literárias. Estou um pouquinho atrasada, eu sei, e o livro já foi publicado também pela Editora Arqueiro, inclusive com sua nova identidade visual.

"Tinha a impressão de estar olhando nos olhos de... uma coisa que não era viva. Uma pedra, talvez. Algum tipo de objeto inanimado. Não havia medo, piedade, razão."

A narrativa desse livro segue o padrão Harlan Coben de ser e escrever. É fácil identificar pelos capítulos mais curtos e que intercalam diversos pontos de vista. O começo do livro foi um pouco complicado pra mim, pois eu não conseguia me conectar com a trama e demorei pra pegar o ritmo. Mas depois que isso aconteceu, eu não consegui mais parar de ler até chegar na última página.

Os personagens foram criados para nos trazer agonia e curiosidade. Cada um deles tem uma participação fundamental na trama e que podem mudar tudo em qualquer decisão tomada. Esse é um ponto que eu acho bem legal do autor, porque todos os personagens são importantes e estão ali com um objetivo claro.

O desfecho desse livro foi um ponto que dividiu opiniões: algumas pessoas amaram e outras acharam tudo muito apressado e com pontos soltas. Eu estou definitivamente no grupo em que amou, mas tenho também uma ressalva sobre as explicações finais.

Todo o plot twist do livro foi muito bem pensado e mais uma vez fui enganada pelo autor. Porém, entendo o que deixou as pessoas com a sensação de que foi tudo muito apressado e o culpado é o jeito como Harlan entrega o desfecho de toda a ação.

"Grace tentou outras formas de racionalizar o que estava acontecendo. Parou quando percebeu que aquilo só a assustava mais."

Para quem está acostumado a ler obras dele, sabe que o final é apresentado sempre da mesma forma: primeiro as coisas se resolvem e só depois que temos a explicação. Ou seja, nas 10 últimas páginas é que alguém vem e conta toda a motivação por trás da problemática do livro. E como normalmente somos surpreendidos pelo que contam, fica a impressão de que as coisas foram resolvidas ali, naquelas 10 páginas. O que não é o caso.

Mas também entendo que a motivação de todo o plot desse livro, merecia um pouco mais de detalhamento, pois é muita coisa pra se explicar. Tanto que até reli algumas partes para conseguir entender bem. Então, apesar de ter amado, entendo o motivo de algumas pessoas não terem gostado.

Para mim, o importante foi ver que a escrita do autor continua a mesma que eu tanto amo, com personagens bem criados e uma trama que me deixou com a cabeça rodando o tempo inteiro: foi impossível de desvendar sozinha. Sem falar que o final deu o toque final e explodiu o meu cérebro. Ponto para Harlan meu amor Coben!

A diagramação do livro ficou muito bem feita. Apesar de preferir livros maiores, a fonte e o espaçamento ficaram com tamanhos bons e as páginas amareladas fecharam com chave de ouro. A edição da TAG traz uma capa preta bem bonita, com uma jacket que também combina com a trama.

Apenas Um Olhar é um livro que demora um pouco pra pegar o ritmo, mas que quando te pega, é impossível parar de ler. O plot twist é muito bem pensado e não consegui descobrir o final até chegar nele. Mais uma vez, Harlan Coben me surpreende e me faz terminar o livro com um sorriso no rosto e um UAU nos lábios.

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