Menina Boa Menina Má - Ali Land

quinta-feira, 25 de outubro de 2018
Ano: 2018
Páginas: 376
Editora: Record

Sinopse: Os corações das crianças pequenas são órgãos delicados. Um começo cruel neste mundo pode moldá-los de maneiras estranhas Nome novo. Família nova. Eu. Nova. Em folha. A mãe de Annie é uma assassina em série. Um dia, Annie a denuncia para a polícia e ela é presa. Mas longe dos olhos não é longe da cabeça. Os segredos de seu passado não a deixam dormir, mesmo Annie fazendo parte agora de uma nova família e atendendo por um novo nome — Milly. Enquanto um grupo de especialistas prepara Milly para enfrentar a mãe no tribunal, ela precisa confrontar seu passado. E recomeçar. Com certeza, a partir de agora vai poder ser quem quiser... Mas a mãe de Milly é uma assassina em série. E quem sai aos seus não degenera...

Alô, alô, graças a Deus! Depois de três semana afastada, voltei! Me desculpem por ter feito isso, mas algumas coisas aconteceram por aqui e eu não queria fazer as postagens de qualquer jeito só para não sumir, sabe? Achei melhor tirar um tempo pra ajeitar minha vida e meu emocional, pra só depois voltar. Bom, o importante é que eu tô de volta hehe


Nesse livro vamos conhecer Annie. Uma garota de 15 anos que já presenciou cenas terríveis em sua própria casa. Ela viu sua mãe assassinar nove crianças ao longo da sua infância e sofreu inúmeros abusos. Pouco antes de fazer 16 anos, se enche de coragem e vai até a delegacia denunciar sua mãe.

Depois dessa decisão, ela se torna testemunha chave no julgamento de sua mãe e acaba indo morar com uma família temporária. Quando se vê em uma casa nova, com uma família nova, em uma escola nova e com um nome novo, a cabeça de Milly (Annie) começa a trazer sentimentos e pensamentos que a assustam.
"Tinham me dito no abrigo que a esperança era a minha melhor arma, que ela me permitiria sobreviver.
E eu, tolinha, acreditei."
Além de lidar com a pressão de ser testemunha, também vai precisar controlar seu emocional e aprender a conviver com pessoas tão difíceis quanto sua nova família. Seu novo "pai temporário" é Mike, um psicólogo que está em sua vida para ajudá-la a passar por esse momento tão complicado. Porém, sua nova mãe, Saskia, e sua irmã, Phoebe, não serão tão fáceis de lidar...


Se você gosta de thriller psicológico, esse livro é para você. No começo da leitura, senti uma estranheza com a narrativa da autora, pois é como se Milly estivesse conversando com a mãe, contando sua vida e seus pensamentos para a mãe. Então, ela parece estar falando com você, mas não é. Depois de eu me acostumar, achei essa sacada muito bem feita, pois era o que me colocava dentro da trama e da vida da menina.

O que eu achei mais interessante nesse livro, é que ele não trata diretamente de um psicopata. Ele não é sobre as maldades ou sobre quais atitudes eles podem tomar, mas ele nos mostra como uma pessoa pode ser afetada por viver com um psicopata e quais podem ser as consequências na vida dessa pessoa. Tanto que o livro não é super agitado, com mil acontecimentos. Ele tem um ritmo mais tranquilo, mas nos deixa viajar na mente de Milly. 

Conforme as páginas vão passando, vamos entendendo um pouco mais sobre a garota. Como cada atitude e cada pensamento voltam para a mãe e como sua vida gira em torno desse amor materno doentio ao qual ela foi exposta. A partir disso, uma única pergunta começa a aparecer: será que a filha de uma psicopata, pode ser influenciada ou leva esse mesmo problema em seu DNA?
"Você é a cara da sua mãe, costumavam me dizer no abrigo de mulheres onde você trabalhava. É disso que eu tenho medo, eu respondia para mim mesma."
E foi aí que as atitudes de Milly começaram a pesar e me fizeram questionar tudo o tempo inteiro. Eu não sabia em quem acreditar, pois era tudo muito duvidoso, contraditório e com tantas versões, que eu me pegava pensando "mas será?" o tempo inteiro.


Cada personagem teve seu papel muito bem delineado e fácil de identificar. Milly foi uma protagonista muito bem trabalhada e que entregou toda a tensão e confusão mental que o livro prometia. Sua narração deixa muito claro que seu discernimento de certo e errado havia sido deturpado pela mãe. Mike foi um personagem que não me despertou muitos sentimentos e que passou de forma neutra. Isso não significa que ele foi um personagem raso, muito pelo contrário, ele só não me envolveu completamente.

Já Saskia não fez muita diferença na trama, na minha opinião. Entendo o seu papel no livro e como algumas atitudes dela refletiam na família inteira, mas se ela não existisse, seria ok para mim. E Phoebe foi a minha fonte de raiva do começo ao fim. Apesar de entender a forma como ela se comportava, ainda assim achei que ela foi baixa demais com o bullying que ela e suas amigas praticavam contra Milly.
"Mais inquietante do que a dor é o amor quando ele é errado."
Uma das coisas que eu achei bem legal nesse livro foi o jeito como a autora abordou todo o tema da violência. Em alguns momentos, eu fiquei um pouco curiosa quanto ao que tinha acontecido naquela casa (não por sentir algum tipo de prazer nisso, mas porque minha curiosidade não é seletiva mesmo), mas a autora escolheu deixar para a nossa imaginação. As poucas informações que ela nos dá é o suficiente para entendermos como a vida de Milly deve ter sido difícil e isso bastou.

A leitura foi muito fluída, com um ritmo bacana que me prendeu do começo ao fim. Esse livro mostra que não é necessário uma trama cheia de plot twists para prender o leitor. Eu fui fisgada pela mente de Milly e só larguei o livro quando cheguei na última página. Sendo sincera, ele foi até um pouco previsível com o que ia acontecer no final, mas isso não diminui a qualidade do livro.


A diagramação ficou linda. É uma pena que as fotos não passam nem metade do que a capa desse livro realmente é. Ela me encantou e só está na minha estante hoje, porque minha mãe se interessou pela capa. Por dentro, os espaçamentos e a letra são as usuais que a editora usa e que me agradam bastante.

Menina Boa Menina Má é um thriller psicológico que pode agradar amantes do gênero e novatos no assunto. Ele envolve o leitor sem que a gente perceba e a mente da protagonista nos deixa pensando em como as atitudes de uma pessoa podem afetar as outras ao redor. Esse livro entra pra lista dos recomendadíssimos <3

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Mari Zavisch
25 anos. Jornalista, amante de livros e fotografia. Harlan Coben é meu amorzinho literário e me apaixono por qualquer personagem de livros ♥
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13 comentários:

  1. Oi, Mari
    Quanto tempo!!! Saudades <3
    Eu vi essa capa na Bienal e fiquei apaixonada, mas thriller definitivamente não é o meu forte. Eu acho que uma pessoa pode nascer com sintomas de psicopatia assim como o condicionamento negativo pode fazer com que ela desenvolva isso. É bem interessante trazer essa dualidade. Eu queria muito saber o desfecho ashashaa
    Beijo!
    http://www.capitulotreze.com.br/

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  2. Oi Mari, tudo bem? Eu não li, mas a Nat lá no blog adorou!! Eu achei mega interessante o tema abordado e faz tempo que não leio nada do gênero. Como geralmente vc me recomenda livros que eu gosto, dica anotada!

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante

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  3. Oi Mari!
    Adorei a resenha e amei as fotos do livro. Eu só vi fotos sobre a obra do Ali nas redes sociais, mas não tinha lido nenhuma resenha ainda. Gostei de saber sobre o enredo, e principalmente o tema que encontramos no livro. Porém, não sou nenhuma fã do gênero. Então, vou deixar para a próxima!

    Beijoss, Enjoy Books

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  4. Oi, Mari! Tudo bom?
    Eu gosto muito quando títulos desse gênero conseguem fazer a gente duvidar de tudo. Um bom thriller pra mim não pode entregar nada sobre os personagens, ou pelo menos sobre a protagonista - ainda mais no caso dessa premissa - tão facilmente.
    A Bibs leu esse livro pro blog e gostou bastante, então minha curiosidade só tá aumentando!

    Beijos,
    Denise Flaibam.
    www.queriaestarlendo.com.br

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  5. Que bom que voltou! Esse livro está rendendo comentários bem positivos. O tema é muito interessante e também nos faz pensar, afinal, a violência é algo constante aqui no nosso mundo real mesmo, pertinho da gente.. Esse ano provavelmente não terei tempo de colocar mais nenhum livro nas minhas leituras hehehehe (a pilha já ta grande), mas dica anotada!

    www.vivendosentimentos.com.br

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  6. Oi Mari! Que bom que voltou.. = )
    Esse livro está sendo muito bem comentado nas resenhas que tenho lido e, apesar de thriller psicológico não ser o gênero que mais me atraia, estou muito interessada em conhecer a história de Milly, principalmente por ser uma personagem tão bem explorada, construída e desenvolvida em camadas.
    Beijos
    http://espiraldelivros.blogspot.com/

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  7. Estou completamente louca para ler esse livro, muitas pessoas estão fando bem dele!
    Um beijo grande e muito GORDO
    www.thaissgalbiero.blogspot.com

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  8. Oi Mari,
    Eu amo o estilo, então estou bem curiosa para ler.
    Adoro que a autora deixa essa dualidade, pra desconfiança ficar pelas páginas.
    Espero ler logo! A capa parece ser linda mesmo.

    até mais,
    Nana e Leticia - Canto Cultzíneo

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  9. Olá, Mari.
    Estava sentindo sua falta hehe. Eu tenho esse livro. Veio em uma das caixas literárias que assino. Mas não sei quando vou ler porque estou dando prioridade para os que estão a mais tempo na estante. A capa é demais mesmo e espero gostar da história como você.

    Prefácio

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  10. Oi, Mari!
    Nem fala em emocional que tudo que quero nesses últimos dias é ficar em posição fetal e chorar hahhhaha
    Menina, pelas resenhas que li desse livro, ele parece um Precisamos Falar Sobre O Kevin, mas ao contrário. Pelo menos foi isso que senti... Eu anotei a dica pois faz muuuuito tempo que não leio um thriller psicológico.
    Beijos
    Balaio de Babados

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  11. Oi, Mari!

    Uau, esse livro tem um tema bem forte. Já li um livro em que o protagonista narra como se conversando com você e é uma experiência bem diferente mesmo, nos sentimos desconfortáveis, e imagino que seja essa mesma a intenção, nos tirar da zona de conforto e prender a atenção. Achei muito legal a questão das atitudes da própria protagonista deixar o leitor em dúvida quanto à veracidade do ocorrido e a possibilidade de ela também ser um pouco psicopata/louca por conta dos genes da mãe. Fiquei bem curiosa pra saber a que conclusão o leitor chega no fim!

    xx Carol
    http://caverna-literaria.blogspot.com

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  12. Oi Mari,
    Eu não leio muitos thriler psicológicos mas os acho muito interessantes e quero começar a me aventurar na temática. Eu já ouvi críticas a esse livro e por isso tinha desistido de colocá-lo na lista de desejados, mas agora você elogiando, fico na tentação...
    Beijos
    http://estante-da-ale.blogspot.com/

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  13. Thriller psicológico é meu gênero favorito <3
    Fiquei muito curiosa com o livro, vou coloca-lo na minha lista para futuras leituras, afinal, ainda não tinha lido nenhuma resenha sobre ele.
    Ahhh, e que bom que vc voltou à ativa para o blog. Senti mesmo sua falta na blogosfera. Até escrevi um post em que comentei sobre vc e o seu blog:
    http://www.apenasleiteepimenta.com.br/2018/10/por-que-ninguem-nunca-me-falou-do.html
    Beijo, Blog Apenas Leite e Pimenta ♥

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