Ele: Quando Ryan Conheceu James - Elle Kennedy e Sarina Bowen

segunda-feira, 23 de setembro de 2019
Ano: 2018
Páginas: 256
Editora: Paralela

Sinopse: James Canning nunca descobriu como perdeu seu melhor e mais próximo amigo.Quatro anos atrás, seu tatuado, destemido e impulsivo companheiro desde a infância simplesmente cortou contato.
O maior arrependimento de Ryan Wesley é ter convencido seu amigo extremamente hétero a participar de uma aposta que testou os limites da amizade deles.
Agora, prestes a se enfrentarem nos times de hóquei da faculdade, ele finalmente terá a oportunidade de se desculpar. Mas, só de olhar para o seu antigo crush, Wes percebe que ainda não conseguiu superar sua paixão adolescente.
Jamie esperou bastante tempo pelas respostas sobre o que aconteceu com seu relacionamento com Wes, mas, ao se reencontrarem, surgem ainda mais dúvidas.
Uma noite de sexo pode estragar uma amizade? Essa e outras questões sobre si mesmos vão ter que ser respondidas quando Wesley e Jamie se veem como treinadores no mesmo acampamento de hóquei.

Esse foi um dos primeiros livros lidos do ano e demorei todo esse tempo pra escrever a resenha. Sabe aquela sensação de gostei, mas não tenho tanta certeza assim? Então, foi como eu fiquei quando terminei haha Acho que precisava entender exatamente o que senti lendo ele e o que tinha me chamado a atenção (ou não).


James Canning e Ryan Wesley foram melhores amigos durante os vários anos que participavam do acampamento de hóquei. Quando eles não estavam juntos ali, conversavam por cartas e tentavam sempre manter o contato. Porém, tudo muda quando fazem uma aposta que traz consequências grandes para a amizade dos dois.

Quatro anos depois, os dois se reencontram. Wes quer fazer de tudo para retomar a amizade com Jamie e, se for preciso, até conversar sobre a fatídica noite da aposta. Ele sabe que não pode se afastar novamente do melhor amigo e não vai medir esforços para retomar de onde pararam.

Agora, antes de terminarem a faculdade e começarem suas vidas profissionais, os dois vão passar um último verão juntos, trabalhando no acampamento de hóquei onde se conheceram. Antes que o tempo juntos acabe, os dois vão precisar resolver os problemas do passado e enfrentar o que sentem pelo outro.


Bom, eu precisei pensar muito antes de escrever essa resenha. Assim que terminei a leitura, eu dei 4 estrelas para ele e achei que estava tudo certo. Porém, algum tempo se passou e eu voltei a pegar o livro e percebi que tinha me equivocado um pouco com minha primeira leitura.

Uma coisa que não posso negar, é que a escrita das duas autoras são muito boas. É aquele livro que te prende, mesmo que você não esteja amando a trama, mas você continua porque quer saber no que vai dar ou continua porque quando percebe já está no final. A narrativa é fácil, rápida e cheia de cenas hot bem escritas.

No meu primeiro contato com o livro, tinha gostado da trama e de como cada personagem tinha sido criado. Porém, tudo mudou na segunda vez. Eu tenho muitos amigos que são LGBT e eu acompanhei vários momentos de insegurança, problemas familiares e todo o processo que é se assumir para o mundo. Então eu SEMPRE penso neles quando vou ler algo desse gênero. E foi pensando em tudo isso que percebi alguns problemas grandes nessa leitura.
"Cara. Ainda bem que Jamie não é um guarda de trânsito, porque ele está mandando sinais confusos o bastante para causar um acidente feio."
O primeiro e mais importante deles foi a bissexualidade de James. Gente, as autoras tinham um super assunto ali, dava pra ter aproveitado essa "descoberta" do personagem e falar sobre as dificuldades, mas achei muito "ah, sou bi, tá bom, vem cá Wes" e acabou por aí. Faltou explorar mais esse assunto que, na minha opinião, era o mais importante da trama.

Em nenhuma das minhas leituras, eu gostei muito de Wes. O jeito dele tratar as situações do livro não me agradaram muito e ele fazia uns comentários que eu ficava sem entender. Acho que toda a vontade das autoras de falarem sobre um personagem gay assumido acabou ultrapassando algumas linhas e ele acabou sendo um grande covarde, bifóbico e machista.


E, pelo fato da trama principal não ter sido muito bem aproveitada (gente, não tem como falar que a trama é o amor dos dois se a sexualidade de um deles NÃO é explorada!!!!!), o livro acabou se tornando um compilado de cenas de sexo e entre elas alguns problemas que eles resolviam de forma fácil e com rapidez.

Conversando com um amigo sobre esse livro, eu fiquei na dúvida se ele é um desserviço ou uma fantasia de duas pessoas heterossexuais que basearam as cenas de sexo em vídeos pornô. Aliás, esse foi o maior comentário do meu amigo "ah, se o sexo fosse fácil assim". No final, entendemos que as cenas foram bem escritas, mas são um tanto irreais.

Entendo que existem muitos outros livros que pisam na bola e que foram feitos pra suprir fetiche dos leitores (quem nunca leu o livro do lutador gostosão ou do rockstar que se apaixona pela fã?), mas alguns diálogos foram muito problemáticos ao meu ver pra que fossem relevados.
"Passo mal quando o imagino me deixando. Ficando pior ainda quando penso que estou competindo não apenas com um, mas com dois gêneros pela sua afeição."
Acho que por eu já ter lido outros livros do gênero e ter ficado completamente apaixonada por eles (taí Vitor Martins que não me deixa mentir), esse me decepcionou bastante. Por isso, acho que não vou me aventurar no segundo livro chamado Nós: O Felizes Para Sempre de Ryan e James. 

Lembrando que essa é a minha opinião e que você pode ter uma bem diferente da minha. Aliás, conheço muita gente que gostou desse livro e que se apaixonou pelos personagens. Então, se arrisquem e tirem as suas próprias conclusões.


A diagramação segue o padrão da editora com boas fontes e bom espaçamento. As páginas são amareladas e facilitam na hora da leitura. Apesar de todas as minhas ressalvas, eu gosto muito dessa capa. Ela chama a atenção e te me deixo com vontade de ler.

Ele: Quando Ryan Conheceu James é um livro que traz uma escrita muito boa das duas autoras, mas que peca em outros momentos. Faltou profundidade no tema principal da trama e precisava ter tomado um pouco mais de cuidado na maioria de seus diálogos.

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Mari Zavisch
25 anos. Jornalista, amante de livros e fotografia. Harlan Coben é meu amorzinho literário e me apaixono por qualquer personagem de livros ♥
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12 comentários:

  1. Olá, Mari.
    A sua opinião sobre o livro foi bem parecida com a das resenhas que li dele. Por isso não vou querer ler. E pelo que li o segundo livro é ainda pior hehe. É uma pena porque a Elle é tão conhecida e podia ter aproveitado a ideia que tinha nas mãos.

    Prefácio

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  2. Oi, Mari! Que pena que a leitura não tenha lhe agradado como da primeira vez, mas me parece uma obra para esse público LGBT de um modo geral, claro que outros leitores(a) podem ler se quiserem, mas me parece que a obra foi criada com esse propósito de leitura para esse público. É uma pena que o livro tenha faltado profundidade, de qualquer modo me parece uma boa obra, pelo menos para passar o tempo se não tiver outro livro em mãos. Adorei sua resenha, abraço!

    https://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/

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  3. Oi, Mari! Tudo bom?
    AMÉM RESENHA NEGATIVA DESSA BIROSCA!!!!!!! Eu lembro dos absurdos que a Duda mandava pra gente enquanto tava lendo e como eu fiquei "num é possível que publicaram um troço desses". Bem livro de hétero escrevendo personagens gays super fetichizados mesmo, passo LONGE (isso sem falar nas problemáticas machistas da história...).

    Beijos,
    Denise Flaibam.
    www.queriaestarlendo.com.br

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  4. Oi Mari, eu não li o livro, só me lembro que a Lu do Balaio que leu adorou a história! E gosto bastante das autoras, uma pena você não ter gostado.

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante

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  5. Oi Mari,
    Eu AMO a escrita da Elle, então essa duologia estava na minha lista.
    PORÉM, as resenhas negativas me desanimaram. Acho que não vou gostar não.
    Beijos
    http://estante-da-ale.blogspot.com/

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  6. Adorei sua resenha, Mari. Principalmente por você ser sempre verdadeira nas suas resenhas. Nunca li nada do gênero, uma pena esse livro ter decepcionado você. Acho que também não iria me surpreender muito com ele!

    https://www.kailagarcia.com

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  7. Oi, Mari!

    Uma pena que a obra decepciona, acho que talvez as autoras tenham tentado mostrar um romance gay sem saber exatamente como retratá-lo e acabaram pecando por essa razão. Ficou ótima a sua resenha e gostei da sinceridade!

    xx Carol
    https://caverna-literaria.blogspot.com/

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  8. Oi
    eu já li comentários positivas desse livro, ainda fico na dúvida se vou ler ou não, mas é bom ler opiniões diferentes e pena que pra você faltou profundidade na história.

    http://momentocrivelli.blogspot.com

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  9. Oi, Mari

    Eu queria ler esse livro por motivos de Elle e Sarina, que são duas autoras que eu gosto muito. Porém, também tenho amigos homossexuais e um deles abriu meus olhos e falou o quanto essa história é heteronormativa (mesmo contendo uma relação entre dois homens) e equivocada. Ele ia me mostrando fotos e fazendo comentários ao longo da leitura dele que me fizeram pensar muito e eu optei por não ler. Entendo o fato de você ter tido que dar um tempo até absorver e compreender qual foi sua relação com a leitura. Acontece comigo às vezes.

    Beijos
    - Tami
    https://www.meuepilogo.com

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  10. Oi, Mari!
    Ainda não li nada da autora e tenho curiosidade de conhecer a escrita dela. Uma pena que o livro tenha te decepcionado. Realmente tem uma boa premissa que pode ser bem explorada.

    Beijos
    Construindo Estante || Promoção no Instagram

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  11. Oie,
    Não li esse livro, mas concordo com você que assumir uma bissexualidade, ou homossexualidade não é fácil. Tenho amigos que passaram por isso e é bem complicado, por vezes doloroso, principalmente por conta da família, então poderia sim ser bem explorado.
    Eu nunca li um livro LGBTQ+, gostaria de ler. Vou anotar e avaliar se dou uma chance para este.
    Gostei muito da capa e desse Ele bem grande em vermelho.
    Beeijoo!!

    Grazy Carneiro
    Meus Antídotos

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