Crianças do Éden - Joey Graceffa

Ano: 2019
Páginas: 266
Editora: Galera Record

Sinopse: Em uma Terra envenenada e morta pelo homem, onde todos os animais e a maioria das plantas foram destruídos, o Éden é o último refúgio para o que restou da raça humana. Mas as medidas de controle populacional garantem que a existência de Rowan seja ilegal. A garota não pode frequentar a escola, fazer amigos, ou mesmo ser vista em público. Cada dia em que continua viva é um risco para sua família.Cansada de viver escondida, Rowan decide pular os muros que a escondem, e, embora descubra ser fácil permanecer invisível quando não se existe legalmente, a noite de aventura pode acabar em tragédia. Cabe a Rowan usar toda sua habilidade para sobreviver em um mundo que a renega.

Quando recebi esse livro em casa, não sabia o que esperar. Eu não conhecia o autor, nem a premissa dessa distopia que veio com uma capa maravilhosa. Sim, eu fui convencida de que deveria ler o livro pela capa. O que eu posso fazer se eu sou fácil desse jeito? hahahaha Conforme fui passando as páginas, não sabia muito bem o que pensar...

A Terra que conhecemos não existe mais. Uma falha no ecossistema fez com que as plantas e animais entrassem em extinção, quase levando os humanos junto com eles. Agora, os sobreviventes vivem em uma colônia que usa recursos limitados para sobreviver, enquanto esperam que uma grande tecnologia inventada consiga salvar o restante do planeta.

Como viver está cada vez mais difícil, uma regra de natalidade é estipulada e cada casal só pode ter um filho. Se alguém quebra essa lei, o segundo filho é condenado à morte imediatamente após o nascimento.

E é aí que entra Rowan, uma segunda filha. Ela vive há 16 anos encarcerada dentro de sua própria casa e se escondendo para que não seja mandada direto para a morte. Ela não conhece o mundo atrás dos muros de sua casa e nunca teve contato com outras pessoas além de seus pais e seu irmão mais velho. E quando a garota se cansa dessa vida, tudo vira de ponta cabeça e a verdadeira aventura começa.

“Tenho que estar pronta para o glorioso dia em que finalmente emergirei na luz. Se esse dia chegar. Mamãe e papai sempre me garantem que vai, sim, algum dia. Mas após 16 anos de garantias esse algum dia ainda não chegou.”

Esse é o primeiro romance de Joey Graceffa e não esconde isso em suas páginas. Sua escrita é simples e rápida (bem rápida), mas conta com vários deslizes que me incomodaram um pouco durante a leitura. Para ser sincera, eu teria dado uma nota menor, se o autor não tivesse entregado uma ambientação tão boa.

Esse com certeza foi o ponto muito positivo da leitura. A destruição da Terra, toda a história do que aconteceu com o mundo que conhecemos hoje e o que precisaram fazer para conseguirem sobreviver foi bem pensado e descrito. O autor conseguiu ambientar toda a trama de forma genial e me deixou bem animada quanto a isso. Sem falar que o assunto é muito atual e totalmente possível.

Porém, o que me prendeu a atenção no começo, foi ficando para trás a partir do momento em que ela pisa para fora de casa. Depois disso, encontramos uma distopia clichê e que segue o mesmo padrão e ritmo de qualquer outra: o mundo acabando, uma turma contra o governo, um triângulo amoroso e uma protagonista descobrindo segredos sobre seu passado.

Não que eu esteja reclamando disso! Quem acompanha o blog, sabe que eu sou viciada em um bom clichê, mas esse livro prometia ser diferente, principalmente por sua temática real e próximo ao que nós vivemos. Não sei, acabei me deixando levar pelas consequências que poderia encontrar e subi demais minhas expectativas.

Além disso, os personagens não me cativaram e eu não conseguia torcer para ninguém. Talvez no restante da trilogia isso mude, mas não sei se tenho a vontade necessária para continuar. E para completar, não gostei da rapidez com que tudo aconteceu. Não queria que o livro fosse arrastado, mas não tive tempo de assimilar nada, porque no instante seguinte tudo estava mudando e trazendo dúvidas novas. Faltou um fôlego no meio para dar tempo ao leitor de ficar curioso.

Terminei o livro com aquele sentimento de tristeza, pois apesar da ideia ser muito legal, acabei ficando entediada enquanto lia. Mas é aquela coisa, né: não deu certo pra mim, talvez dê super certo pra você.

A diagramação segue o padrão da editora, que é o meu preferido. Gosto muito do espaçamento e da fonte que eles usam, além de usarem páginas amareladas para tornar a leitura mais agradável. E como já disse, eu amei muito essa capa! <3

Crianças do Éden chegou com uma ideia muito interessante e que me prendeu no começo, mas que se tornou mais do mesmo. Talvez a opinião seja diferente para pessoas que amam o gênero mais que tudo no mundo rs, mas não deu certo pra mim. Infelizmente, eu esperava mais do que foi entregue. De qualquer forma, leiam e me contem o que vocês acharam ;)

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