Amos e Masmorras: A Submissão - Lena Valenti

domingo, 18 de agosto de 2019
Ano: 2015
Páginas: 416
Editora: Universo dos Livros

Sinopse: Em mais uma excitante série, a renomada autora Lena Valenti aborda agora as nuances do universo BDSM. Amos e Masmorras é um dos mais recentes sucessos da autora e se tornou best-seller internacional. A agente Cleo Connelly, integrante do corpo de polícia em Nova Orleans, é uma mulher atraente e destemida, que não mede esforços e impulsos na resolução dos casos que assume. Certo dia, entretanto, ela é designada para investigar, junto ao FBI, uma lucrativa rede de tráfico humano. Para cumprir a missão, ela precisará se inserir em um contexto inusitado: visitar a cena BDSM do país e participar das práticas de sodomia e dominação instituídas no torneio Dragões e Masmorras DS. Agindo como agente infiltrada, Cleo terá de pesar os limites de sua própria luxúria nesta implacável caçada, considerando também a arrebatadora atração que sente por Lion Romano, seu parceiro no caso. Mas será que, no meio do caminho, ela vai gostar de ser submissa? Renda-se aos deleites desta intrigante e sensual narrativa!

Antes de começar com a resenha, quero só falar uma coisa pra vocês. Como no final do ano passado eu fiquei uns meses afastada do blog e esse ano fiquei mais um - longo - tempo, algumas resenhas que vão rolar por aqui são de livros considerados antigos, tá? Entre eles, vão ter os novos, mas eu não quero deixar de falar dos que eu li e gostei enquanto estava afastada daqui! <3 E essa resenha ficou imensa, me perdoem!


Cleo Connelly é tenente da polícia de New Orleans e seu sonho é entrar para o FBI junto com sua irmã, Leslie, e seu amigo de infância, Lion. Depois de fazer algumas entrevistas e passar por diversas provas, a resposta sempre é a mesma: não. Frustrada com o momento em que está passando, ela é pega desprevenida quando o chefe de Leslie bate em sua porta e joga a pior notícia que poderia receber. Sua irmã foi sequestrada durante uma missão.

Por serem muito parecidas, Cleo é convocada para trabalhar no caso junto com o FBI e tentar resolver o mistério que a irmã estava trabalhando e também salvá-la. O único problema é que Lion iria comandar a missão e apesar de serem amigos desde pequenos, os dois nunca se deram muito bem. E o nervosismo começa a bater quando ela aprende sobre o caso em que vai trabalhar.

Seu desafio será trabalhar para descobrir um esquema de tráfico de drogas e de pessoas que são usadas como escravas sexuais. É nesse momento em que Lion precisa introduzir Cleo ao mundo do BDSM para participarem de um Torneio e descobrirem o cabeça de toda essa situação. Para isso, eles precisam aprender a confiar um no outro e se entregarem, mas será que vão conseguir?
“Quando as masmorras se abrem, os dragões estão à solta”

Esqueçam Cinquenta Tons de Cinza e outros que saíram quando a moda de falar sobre BDSM começou. Entendam que eu não estou criticando os outros, mesmo porque li a maioria e gostei de vários. Mas nesse livro podemos realmente aprender sobre a prática de "bondage, disciplina, dominação, submissão, sadismo e masoquismo" da forma, aparentemente, correta.

Inclusive, eu fui surpreendida positivamente conforme fui passando cada página. Deixando de lado a trama policial do livro, que eu já vou voltar a falar dela, toda a parte erótica e que aborda práticas sexuais diferentes foram feitas com muito respeito e quase como um manual. Isso pra mim foi sensacional. É diferente de jogar um personagem com problemas pessoais que usa a prática de BDSM como fuga ou para mostrar que é forte. E esse, com toda certeza, foi o ponto mais alto do livro.
"O que diferenciava um homem de um monstro eram seus princípios e como e para que ele utilizava sua força."
Que fique claro que eu não faço parte desse mundo e não entendo muitas coisas. Não sei se a autora está correta em tudo o que ela disse, mas deu pra perceber que teve uma pesquisa por trás do que ela nos apresentou em suas páginas.


Quanto ao conteúdo do livro, gostei muito da pegada policial onde se mistura crimes, tráfico, mortes e sensualidade. Foi tudo bem medido e pensado para se encaixar no caso em que os dois agentes estavam trabalhando. Sem falar que a escrita da autora é daquelas que pega a gente e é impossível deixar de lado enquanto não se chega na última página.

Os personagens também são bem delineados. Cleo é uma mulher forte, cheia de bom humor e independente e que tem certa dificuldade de se colocar no papel de submissa. Porém, sua determinação para recuperar sua irmã e desvendar o caso é muito maior do que qualquer outra coisa. Lion não é aquele bad boy milionário que conquista a mocinha e a coloca na palma da mão, mas ele é um ótimo líder, intenso e pode até ser considerado carinhoso em alguns momentos. Obviamente, ele não é nada perfeito e age de cabeça quente algumas vezes e tem algumas atitudes que foram bem idiotas.

É aquele tipo de casal que conforme vai se conhecendo e entrando no jogo do Torneio, vai se tornando mais forte. Algumas de suas interações são engraçadas e deixam um clima mais leve em comparação ao resto da trama. 

Como já disse, eu gostei bastante do tema abordado e da escrita da autora. Li esse livro já saturada do assunto e mesmo assim consegui aproveitar a leitura. Então entendo se você achar que está cansado desse tipo de livro, mas fica a dica para quem quiser se aventurar em um mundo diferente. Afinal, mesmo com o tema erótico, o livro aborda problemas reais e que tem um final sensacional que deixa impossível não emendar a continuação.


A diagramação segue o padrão da editora com páginas amareladas e fontes e espaçamentos bons. Eu não gosto muito dessa capa, mas consegui relevar isso na hora de ler o livro. Porém, tenho certeza que algumas pessoas vão gostar bastante dos detalhes em vermelho que chamam atenção no fundo preto.

Amos e Masmorras: A Submissão é um livro que transborda sensualidade, tensão sexual e um caso de tráfico de pessoas muito bem pensado e escrito. Parece uma combinação estranha, mas que deu super certo dentro do ambiente que a autora criou. Indico bastante para quem gosta do gênero.

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Mari Zavisch
25 anos. Jornalista, amante de livros e fotografia. Harlan Coben é meu amorzinho literário e me apaixono por qualquer personagem de livros ♥
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14 comentários:

  1. Oi Mari! Eu comecei o livro há alguns anos mas acabei me perdendo nas paginas e nunca consegui voltar com preguiça. Mas eu pretendo ler de volta porque eu adorei a forma como a autora trata o BDSM, é bem original e ainda tem uma trama de fundo bem legal. Adorei a resenha!
    Beijo
    www.capitulotreze.com.br

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  2. Oi Mari,

    Confesso que não é o meu gênero favorito, mas tem livros que realmente valem a pena ser lidos. E esse parece ser um desses.
    Dica anotada, mas não leria nesse momento.

    Bjs e um bom fim de semana!
    Diário dos Livros
    Conheça o Instagram

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  3. Oi Mari,
    Não conhecia o livro e infelizmente, não é um livro que chame minha atenção.
    Acho que para quem gosta, deve ser uma ótima dica!!!
    beijos
    https://estante-da-ale.blogspot.com/

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  4. confesso que nao sou mt fã desse tipo de livro, mas tenho amigas que adoram e vou recomendar

    www.tofucolorido.com.br
    www.facebook.com/blogtofucolorido

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  5. Oi Mari.
    Gostei bastante da premissa do livro apesar que não tenho lido muito o gênero ultimamente. Concordo sobre o que você disse sobre a prática sexual ser abordada de uma maneira saudável se tornar um ponto alto da obra pois seria para mim; mas principalmente iria gostar do romance aliado a sensualidade.
    Beijos.
    Fantástica Ficção

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  6. Oi, Mari! Tudo bom?
    Eu tenho zero interesses em ler a maioria dos romances hot que têm por aí simplesmente porque o gênero não me agrada muito, precisa de uma história muito boa por trás pra surgir curiosidade. Mas fico feliz de ver um hot que não cai naquele conto de 50 tons e cia que fez muita besteira em tentar representar o BDSM.

    Beijos,
    Denise Flaibam.
    www.queriaestarlendo.com.br

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  7. Olá, Mari.
    Eu até fiquei interessada nesse livro quando lançou. Mas acabei não lendo e hoje acredito que não leria porque não tenho mais vontade de ler esse tipo de livro. Mas já vi muitos comentários como o seu fazendo esse comparativo com 50 tons.

    Prefácio

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  8. "Neeeeiva do céu" (espero que tenham entendido a referência do meme hahaha)
    Que livro é esse? Preciso ler!!!!
    Beijos ♡ Blog | Instagram | Youtube

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  9. Oi, Mari!
    Menina, eu queria muito ler esse livro, mas eu acho que a série é uns 8 volumes e aqui acho que só saiu até o 4
    Beijos
    Balaio de Babados

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  10. Oiii Mari

    Apesar da parte policial que me chama muito a atenção, confesso que o livro num todo não é o tipo de leitura que me anima no momento, ainda assim fiquei contente em saber que houve um trabalho de pesquisa por trás do que a autora narra, que não está ali jogado ao acaso, preenchendo páginas e dá pra encontrar coerência. Não é um livro pra mim, mas achei a dica bacana pra quem gosta deste gênero mais hot com um traço de suspense

    Beijos, Ivy

    www.derepentenoultimolivro.com

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  11. Amei sua resenha, confesso que não gosto muito de livros do gênero, mas fiquei feliz por saber que na sua concepção ele superou 50 tons de cinza, por exemplo, porque achei pelo menos o filme super clichê. Acho que quem gosta do gênero vai se surpreender muito com essa história!

    https://www.kailagarcia.com

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  12. Oi, Mari!

    Quando uma resenha fica grande é sinal de que aproveitamos muito bem a leitura e temos muito o que falar.
    Nunca li o livro, já estou há bastante tempo sem ler nada do gênero, acho que seria uma boa leitura pra mim também.

    Beijos
    Construindo Estante || Promoção de aniversário do blog

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  13. Oi Mari,
    Eu lembro que anos atrás uma conhecida me indicou 3 livros dele numa comu hahaha, dizendo que era o certo da prática e tals. Até hoje tenho interesse em ler, ainda mais pela trama policial - apesar de imaginar que não deve ser tão explorada assim.

    até mais,
    Canto Cultzíneo

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  14. Realmente, parece uma combinação bem estranha de estilo literário mas é bom saber que a autora se dedicou na hora de montar a história e que o bdsm não é só jogado ali na história como se fosse uma desculpa para empurrar o enredo.
    Fiquei curiosa justamente por ter a trama policial no meio disso tudo. Vou procurar para ler.

    Abraço,
    Parágrafo Cult

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