É Melhor Não Saber - Chevy Stevens

sexta-feira, 20 de julho de 2018
Ano: 2013
Páginas: 320
Editora: Arqueiro

Sinopse: Sara Gallagher nunca sentiu que pertencesse de verdade à sua família de criação. Embora sua mãe seja amorosa e gentil e ela se dê bem com sua irmã Lauren, a relação com o pai e a irmã caçula, Melanie, sempre foi complicada.Às vésperas de se casar, Sara decide que está pronta para investigar o passado e descobrir suas origens. Mas a verdade é muito mais aterrorizante do que ela poderia imaginar. Sara é fruto de um estupro, filha do Assassino do Acampamento, um famoso serial killer.
Toda a sua paz acaba quando essa história é divulgada na internet e o pai que ela anteriormente queria conhecer resolve entrar em sua vida de forma avassaladora. Eufórico com a descoberta de que tem uma filha, John vê nela sua única chance de redenção. E, para criar um vínculo com Sara, ele está disposto a tudo, até a voltar a matar.
Ao mesmo tempo, a polícia acredita que essa é sua única chance de prender o assassino e resolve usá-la como isca. Então Sara se vê numa caçada alucinante, lutando para preservar sua vida e a de sua filha.
É melhor não saber é um complexo retrato de uma mulher tentando entender suas origens. Uma história cheia de reviravoltas, na qual ninguém é completamente bom ou mau.

Se eu contar quanto tempo faz que esse livro está parado na minha estante, ninguém acredita. E querem saber o pior? Quando comprei ele era um dos desejados da minha lista. Ou seja, não dá para entender, né? hahaha O importante é que me rendi e adorei a experiência!


Sara Gallagher é uma mulher que já passou por muitos momentos complicados em sua vida: foi adotada e sempre foi negligenciada pelo seu pai, o pai de sua filha não era um homem bom e morreu anos atrás, teve depressão e tem alguns pensamentos estranhos que a assombram em momentos de nervoso. Porém, ela consegue se acertar e viver um vida boa com sua filha e seu noivo, Evan. Até remexer no passado.
"Durante a maior parte da vida, estive a um centímetro da loucura, avançando para ela em marcha acelerada, mas e agora? Eu nem sabia mais o que era normal."
Quando Sara resolve procurar pelos seus pais biológicos, as coisas saem do controle. Sua mãe é muito fechada e evita todo tipo de contato com a filha. Para poder entender melhor o que está acontecendo, ela contrata um detetive particular para descobrir mais sobre sua mãe. Nesse momento, seu mundo cai.

Em poucos dias, descobre que sua mãe é a única mulher que sobreviveu ao ataque do Assassino do Acampamento e que ela tem grandes chances de ser filha desse monstro que estuprou e quase matou sua mãe. Depois de entender o motivo pelo qual sua mãe biológica não quer ter contato com ela, Sara tenta esquecer de tudo isso. Só que a notícia de sua existência vaza para a imprensa e ela começa a receber telefonemas de um homem chamado John e que diz ser seu pai e o Assassino do Acampamento.
"Hoje cedo eu estava no ateliê, lixando a arca de mogno, tentando me esquecer de tudo, e isso funcionou por algumas horas. Então cortei o dedo. Enquanto o sangue jorrava, pensei: corre em mim o sangue de um assassino."

A autora usou a narrativa em primeira pessoa e é como se Sara estivesse contando sua história para a psiquiatra. É uma forma bem legal, pois no começo de cada capítulo, ficamos sabendo de como a protagonista está se sentindo e se o caso avançou ou não. Nunca tinha lido nada da autora, mas gostei bastante da sua escrita e me envolveu desde o começo.

A premissa me chamou a atenção e posso dizer que não me decepcionou. Acompanhar o relacionamento que Sara desenvolve com seu pai e como ela usa isso para ajudar a polícia a identificar esse homem foi bem legal e fiquei torcendo por eles em vários momentos.
"Pergunto-me como isso seria depois de tanto tempo. Passarei o resto da vida olhando para trás por cima do ombro e esperando o telefone tocar? Algo assim pode realmente terminar algum dia?"
Não é uma leitura cheia de ação e com muitas surpresas, ao contrário do que se pode imaginar. O livro foca mais nos sentimentos da protagonista e em como todo esse acontecimento afeta sua vida e a das pessoas ao seu redor. Sem falar, em todas as dificuldades de precisar enfrentar um pai que é serial killer.


A construção dos personagens me deixou bem satisfeita, porque eu gosto de amar e/ou odiá-los ao longo da trama e foi isso que aconteceu com alguns deles. Sara me deixou dividida. Eu entendi várias ações dela e fazia sentido na minha cabeça, mas ao mesmo tempo ela agia completamente errado com sua filha e isso me incomodou bastante.
"Tudo o que eu desejava era um pai que se importasse comigo. Ah, está certo, ele se importa. Importa-se tanto que poderia facilmente me matar, se não matar primeiro todos que eu amo."
Aliás, a filha foi um dos personagens que eu tive vontade de arrastar a cara no asfalto. Sério, que menina insuportável. Mais mimada que ela, impossível. Já Evan me deixou com um pouco de dó. Ele é totalmente incompreendido e até um pouco capacho de Sara. Talvez ele merecesse alguém melhor. E John... Eu acabei me simpatizando com o vilão e acho que seu fim foi um pouco injusto. Quem leu o livro, pode me julgar que eu deixo.

Eu gostei muito de conhecer o lado escuro de Sara e de como sua família adotiva negligenciou a garota quanto era pequena. Tudo isso ajudou a construir muito bem a personalidade da personagem e a me convencer de tudo o que ela pensou quando descobriu quem era seu pai.
"Anos atrás você me ensinou que não podemos escolher como nos sentimos em relação aos fatos: escolhemos apenas como lidar com os sentimentos que eles nos despertam. Mas às vezes, mesmo quando se tem uma escolha, as opções são todas tão terríveis, que parece que não há decisão a tomar."
O final não deixou nenhuma ponta solta e teve uma reviravolta que eu desconfiei, mas não achei que aconteceria de verdade. Achei muito legal e fez todo o sentido pra mim haha Aliás, é o momento com mais ação e surpresas do livro. O que faz valer a pena a trama mais parada do restante dele.


A diagramação é bem simples, mas muito boa. As páginas são amareladas e a fonte tem um tamanho muito bom para a leitura. A capa me chamou a atenção e cada vez que eu olho para ela, gosto mais.

É Melhor Não Saber me envolveu com sua simplicidade. A autora soube me provocar sentimentos com todos os seus personagens e até me simpatizei pelo vilão. A premissa me convenceu a ler e a evolução da trama me prendeu. Vale a leitura para quem gosta de um bom livro do gênero.

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Mari Zavisch
25 anos. Jornalista, amante de livros e fotografia. Harlan Coben é meu amorzinho literário e me apaixono por qualquer personagem de livros ♥
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15 comentários:

  1. Oi, Mari!

    Se você não falasse eu realmente apostaria que o livro contava com bastante ação e reviravoltas, fiquei surpresa de saber que isso não acontece. A leitura demorou pra sair mas pelo menos não decepcionou né hahaha

    xx Carol
    http://caverna-literaria.blogspot.com

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  2. Oi Mari!! Eu não conhecia o livro, mas adorei a premissa e a forma que a autora usa pra conduzir a trama. Parece que a personagem é bem trabalha mesmo e parece uma ótima leitura principalmente pra quem gosta de questões mais psicológicas!

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante

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  3. Olá, Mari!
    Eu não acredito que o livro é parado e sem reviravoltas!! Quando eu comecei a ler a resenha eu já estava pensando "com esse enredo... deve ser um livro mega agitado, cheio de surpresas!", hahah, tô pasma! Mas eu gostei tanto da premissa e fiquei curiosa com os pontos positivos que levantou.

    Beijão
    Leitora Cretina

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  4. Olá, Mari.
    Desde quando li Identidade Roubada que gostei muito da escrita da autora, se não leu ainda indico, por isso quando vi esse sendo lançado corri ler e gostei bastante também. Pena que não lançaram mais livros dela por aqui.

    Prefácio

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  5. Nossa, eu até imagino os sentimentos que devem ter nessa história.. da protagonista em relação ao seu pai fazer o que faz.. Parece ser uma leitura bem interessante mesmo..

    www.vivendosentimentos.com.br

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  6. Oi, Mari.
    É um livro bastante interessante com um historia bem envolvente, fiquei com vontade de ler e descobrir ainda mais sobre os personagens, já até adicionei na minha listinha literária. Muito boa a sua resenha... <33
    Beijos,
    www.dosedeilusao.com

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  7. Oi
    eu não conhecia esse livro, a história parece ser interessante e pelo que vi na resenha a personagem tem dois lados e um dele é mais obscuro, que bom que gostou da leitura.

    http://momentocrivelli.blogspot.com

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  8. Oi Mari,
    Gostei dessa história mais "lenta" porque acho que a premissa pede algo com menos ação e mais sentimentos. Essa narração de primeira pessoa deve ter ajudado bastante.
    Não conhecia a obra, mas fiquei curiosa.
    Beijos
    https://estante-da-ale.blogspot.com

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  9. Oiii Mari

    Eu achho a capa desse livro super linda, dá um ar de mistério bem legal. Ele tb esteve entre meus desejados há anos, mas acabei não comprando. Agora depois de ler a resneha fiquei com vontade de ler, achei legal essa estrutura da trama, ela narrando no formato de sessões ao psiquiatra. Ah quero ler, acho que iria gostar

    Beijo

    www.derepentenoultimolivro.com

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  10. Oie,
    Adorei saber desse livro, parece um livro tenso! Imagine se descobrir filha de um serial killer?
    Adorei a sinopse e a resenha!!
    Beeijoo!!

    Grazy Carneiro
    Meus Antídotos

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  11. Oi Mari, tudo bem?
    Primeira vez te visitando e já adorei.
    Sou fã desse tipo de livro, mais suspense policial/psicológico. Super leria!
    Beijos,

    Priih
    Infinitas Vidas

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  12. Oi, Mari
    Já li livros com essa narrativa e eu adorei bastante. Eu não sei se leria, hoje em dia não me apaixono mais por livros do tipo, mas é sempre bom deixar na lista. Amei foi a capa!
    Beijos
    http://www.suddenlythings.com/

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  13. Oi Mari,

    Tenho uns livros parados na estante mofando lá fazem anos rsrs.
    Esse eu confesso que não conhecia, mas gostei da premissa, parece ser algo que leria do gênero.
    Bjs e uma boa semana!
    Diário dos Livros
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  14. Oi Mari,
    O outro livro da autora, Identidade Roubada, é um dos meus favoritos.
    Esse fiquei bem interessada tempo atrás, mas nunca vi em uma promo boa pela Bienal. Gostei da forma que ela explora a história aqui e fiquei curiosa sobre o pai. E nossa, tenho ranço de personagens mimados. Quero muito ler.

    até mais,
    Nana - Canto Cultzíneo

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  15. Boa tarde,

    Esse livro está na minha lista de desejados mas ainda não tinha lido nenhuma resenha dele, fico feliz em saber que você gostou, gosto demais do gênero, ótima resenha...bjs.


    http://devoradordeletras.blogspot.com

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